Você já deve ter ouvido que a homeopatia é uma pseudociência, que seus remédios não são mais do que água com açúcar. É preciso explicar como os remédios homeopáticos são produzidos para entender essa (falsa) acusação.
Digamos que seu médico lhe prescreveu Belladonna 30CH para tomar em gotas. Se a farmácia não tivesse nenhum estoque e fosse preparar do zero, ela pegaria a planta Belladonna e colocaria as folhas e flores imersas em álcool por um número determinado de dias, o que faria a extração das substâncias ativas da planta, que ficam em solução no álcool. Essa é a tintura-mãe, a partir da qual todas as demais dinamizações serão preparadas. Peraí, dinamização? O que é isso?
O farmacêutico vai pegar uma parte dessa tintura-mãe e diluir em 99 partes de álcool ou água, e fazer sucussões, que são sacudidas vigorosas. Através desse processo, você terá a 1ª Centesimal Hahnemanniana, ou 1CH. Esse processo de diluir e sucussionar é chamado de Dinamização na metodologia farmacêutica da homeopatia. Uma parte da 1CH diluída em 99 partes de álcool ou água e sucussionada 100 vezes vai dar origem à 2CH, e daí por diante. Com a 1CH pronta, o processo segue da mesma forma até dinamização tão altas como 100.000CH ou mais.
Um dos princípios fundamentais da química e da física é o de que a matéria é formada por pequenas partículas chamadas de átomos. Devido ao método de dinamização realizar diluições progressivas das substâncias para produzir o medicamento que você vai tomar, acreditava-se que numa dinamização acima da 12CH não restaria mais nenhum traço de matéria da substância original. No caso da Belladonna, então, depois de 12CH só restaria o álcool.
Os homeopatas, por constatarem que o resultado clínico é geralmente superior em dinamizações mais altas, geralmente muito mais altas do que 12CH, desenvolviam hipóteses para explicar o mecanismo de ação dos medicamentos homeopáticos. Os inimigos da homeopatia, como os grandes laboratórios farmacêuticos, afirmam que não existe nada ali e o que age é a fé do paciente no médico, o que é chamado efeito placebo. O efeito placebo não explica a ação do tratamento homeopático em bebês recém-nascidos, em animais de grandes criações que não têm contato com o veterinário e muito menos seu efeito em plantas, como tem sido constatado pelos agrônomos homeopatas.
Um médico indiano chamado E.S. Rajendran tem pesquisado os remédios homeopáticos em diferentes dinamizações, usando microscópio eletrônico extremamente potente. Em todas as dinamizações pesquisadas, como 6CH, 12CH, 30CH, 200CH, 1.000CH ou 100.000CH ele encontrou nanopartículas.
Nanopartículas são partículas muito pequenas, de 100 nanômetros ou menos. Para você ter uma ideia de quão pequeno é isso, em 1cm você poderia alinhar 10 milhões de nanopartículas. (Uma bactéria mede 1000 nanômetros, em média.) Elas são a base da nanotecnologia que já vem sendo usada em alguns remédios alopáticos, cosméticos, protetores solares, roupas etc. E agora o Dr. Rajendra demonstrou que já vinha sendo utilizada na preparação de remédios homeopáticos desde o início. Essas imagens são do Aurum metallicum 200CH. Usando um processo de identificação de substâncias chamado de espectrofotometria, ele se assegurou de que essas nanopartículas são átomos de ouro, a substância original. Pelo contrário, a observação de álcool puro no microscópio eletrônico não revelou nenhuma nanopartícula.