Depressão: o que é, como se manifesta e como reconhecê-la

Marcelo Guerra

A depressão é um transtorno mental que afeta o humor, os pensamentos e o comportamento de uma pessoa, causando sofrimento e prejuízo em várias áreas da vida. A depressão não é apenas uma tristeza passageira ou uma fraqueza de caráter. É uma doença séria que precisa de tratamento adequado.

Mas como reconhecer a depressão? Não existe um exame laboratorial ou de imagem que possa confirmar a doença. O diagnóstico da depressão é feito pelo médico, que avalia o histórico familiar, o momento atual vivido e o estado mental do paciente.

Para isso, o médico se baseia nos seguintes critérios:

  • Apresentar pelo menos cinco dos seguintes sintomas por pelo menos duas semanas:
    • humor deprimido na maior parte do dia;
    • perda de interesse ou prazer pelas atividades que antes eram agradáveis;
    • alteração significativa no peso ou no apetite;
    • insônia ou excesso de sono;
    • agitação ou lentidão psicomotora;
    • fadiga ou perda de energia;
    • sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva;
    • dificuldade para se concentrar ou tomar decisões;
    • pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.
  • Os sintomas devem causar sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida.
  • Os sintomas não devem ser atribuídos aos efeitos de alguma substância, medicamento ou condição médica. Os sintomas não devem ser explicados por outro transtorno mental, como transtorno bipolar, esquizofrenia ou transtorno do estresse pós-traumático.

Além desses critérios, existem alguns sinais que podem indicar que uma pessoa está com depressão. Alguns desses sinais são:

  • Chorar com facilidade ou sem motivo aparente
  • Ter pensamentos negativos ou pessimistas
  • Isolar-se dos outros ou evitar o contato social
  • Perder a esperança no futuro
  • Ter dificuldade para sentir alegria
  • Sentir-se vazio, angustiado ou desesperado
  • Ter baixa autoestima Apresentar dores físicas sem causa orgânica

Se você se identifica com alguns desses sinais e sintomas, procure ajuda profissional. A depressão tem tratamento e pode ser superada com acompanhamento médico e psicológico adequados.

Você sabe reconhecer quando está triste?

Marcelo Guerra

Reconhecer a tristeza é importante para lidar com ela de forma saudável e evitar que ela se torne um problema maior. A tristeza é uma emoção natural que surge diante de situações difíceis ou dolorosas da vida, como uma perda, uma frustração, um conflito ou uma decepção. A tristeza costuma ser passageira e não interfere no funcionamento normal da pessoa.

Alguns sinais que podem indicar que você está triste são:

  • Sentir-se desanimado, abatido ou vazio
  • Chorar com facilidade ou sem motivo aparente
  • Ter pensamentos negativos ou pessimistas
  • Perder o interesse ou o prazer pelas coisas que gostava de fazer
  • Isolar-se dos outros ou evitar o contato social
  • Ter dificuldade para dormir ou dormir demais
  • Ter alterações no apetite ou no peso

Se você se identifica com alguns desses sinais, pode ser que você esteja passando por um momento de tristeza. Nesse caso, algumas dicas que podem ajudar a superar esse sentimento são:

  • Exercitar o autoconhecimento: conhecer melhor os seus sentimentos e as suas necessidades pode ajudar a controlar melhor as suas emoções e a buscar soluções para os seus problemas.
  • Praticar meditação: meditar pode ajudar a acalmar a mente, reduzir o estresse e aumentar o bem-estar emocional.
  • Escrever um diário: escrever sobre os seus sentimentos e pensamentos pode ser uma forma de expressar e aliviar a tristeza, além de facilitar a compreensão das causas e das consequências da sua emoção.
  • Fazer exercícios: praticar atividades físicas pode liberar endorfinas, hormônios que promovem a sensação de prazer e felicidade.
  • Fazer terapia: procurar ajuda profissional pode ser muito benéfico para lidar com a tristeza, especialmente se ela for intensa ou duradoura. Um psicoterapeuta pode oferecer apoio emocional, orientação e técnicas para superar esse sentimento e melhorar a sua qualidade de vida.

Lembre-se que a tristeza é uma emoção normal e que faz parte do processo de crescimento pessoal. Não se culpe por sentir-se triste às vezes. O importante é reconhecer esse sentimento e buscar formas saudáveis de lidar com ele.

Psicologia junguiana e homeopatia: por quê?

Há 14 anos concluí a formação em Terapia Biográfica, e ano passado iniciei formação em psicologia junguiana. O que eu busco com isso?

A psicologia junguiana é uma abordagem terapêutica que visa auxiliar o indivíduo a resgatar a sua essência e a integrar os aspectos conscientes e inconscientes da sua personalidade. A homeopatia é um sistema de medicina que trata as doenças com substâncias naturais que estimulam a capacidade de cura do organismo.

A psicologia junguiana pode ajudar o médico homeopata a:

• Compreender melhor os sintomas e as emoções dos pacientes, bem como os seus sonhos, fantasias e imagens simbólicas.

• Identificar os arquétipos e os complexos que influenciam o comportamento e a saúde dos pacientes.

• Utilizar técnicas como a amplificação, a imaginação ativa e a sincronicidade para estabelecer uma relação terapêutica mais profunda e significativa com os pacientes.

• Integrar os conhecimentos da homeopatia com os da psicologia analítica, buscando uma visão integral do ser humano.

Os arquétipos de Jung são imagens primordiais que representam motivos humanos fundamentais e que compõem o inconsciente coletivo, que afeta o comportamento das pessoas. Eles podem ser percebidos em sonhos, mitos, contos de fadas e na arte.

A relação entre os arquétipos de Jung e os remédios homeopáticos é que ambos buscam atuar na dimensão mais profunda do ser humano, a sua essência ou self. Os remédios homeopáticos são escolhidos de acordo com o tipo constitucional do paciente, que pode ser influenciado por um ou mais arquétipos. Por exemplo, o remédio Lachesis pode ser associado ao arquétipo da Serpente, que geralmente simboliza a transformação e a cura.

Assim, os remédios homeopáticos podem ajudar a equilibrar a pessoa, favorecendo a integração dos aspectos inconscientes à consciência e trazendo harmonia psíquica.

O que você faz com seus talentos?

Na metodologia do Trabalho Biográfico dividimos a vida em períodos de 7 anos, que chamamos Setênios. Esta divisão tem um propósito didático, mas contém em si uma sabedoria, já conhecida dos antigos filósofos gregos, que primeiro propuseram esta divisão. Cada passagem de setênio é marcada por acontecimentos que levam a vida para uma direção diferente. Às vezes esses acontecimentos são externos, fatos verdadeiramente, mas muitas vezes são internos, mudanças de nossa percepção em relação ao mundo. Sejam internos ou externos, esses acontecimentos provocam crises na nossa existência.
Por volta dos 28 anos, às vezes um pouco antes ou um pouco depois, vivemos a Crise dos Talentos. Até os 21 anos fomos educados, e no início da vida adulta experimentamos o que aprendemos em nossa vida pessoal, amorosa e profissional, muitas vezes de forma impulsiva, guiados mais pelos sentimentos e sensações do que pela razão. Chegando aos 28 anos, estamos desenvolvendo mais o pensamento racional, e cada decisão passa a ser muito mais pesada e medida do que apenas sentida. Muitas pessoas dizem que “agora a juventude acabou”, e buscam situações mais estáveis na vida. Por exemplo, se você mudou muito de emprego, sempre seguindo as propostas e possibilidades de aprender algo novo, agora já buscará estabelecer um momento mais estável na sua carreira, seja através de um emprego ou mesmo por conta própria. Não estou falando de arrependimento em relação às mudanças do início da vida adulta, já que essa multiplicidade de experiências fez com que você desenvolvesse múltiplos talentos.
E a Crise dos Talentos leva você a pensar: “saí pelo mundo, pela vida, vivi muitas situações, aprendi muita coisa, desenvolvi muitos talentos mas… e agora? O que eu faço com meus talentos daqui para a frente? Sobre quais talentos eu quero trabalhar para que se desenvolvam mais e possam tornar-se uma faculdade em minha vida? Quais talentos preciso deixar de lado, totalmente ou pelo menos parcialmente, por não me servirem mais ou não me interessarem mais?”
Muitas vezes a Crise dos Talentos aparece como um questionamento de suas próprias capacidades. Em minha vida, apareceu entre os 28 e os 29 anos. Eu trabalhava como médico homeopata e pediatra em uma cidade muito pequena, perto de Nova Friburgo, e era o único homeopata da cidade. Tinha muitos clientes, ganhava bem, tinha um nome respeitado, mesmo sendo tão novo e estar formado há apenas 5 anos. Já não precisava mais dar plantões, passeava nos finais de semana com a família, viajava frequentemente. Tudo de bom! Aí começou o comichão… Eu me questionava se era realmente um bom médico homeopata ou se fazia sucesso por ser o único na cidade, tipo ’em terra de cego quem tem um olho é rei’. Resolvi mudar para Friburgo e começar a trabalhar lá, já que é uma cidade muito maior, e tem uma tradição em termos de homeopatia, sempre com muitos médicos homeopatas (proporcionalmente à população, tem mais homeopatas que a maioria das capitais). Logicamente mantive alguns dias no antigo consultório, não foi um salto sem rede de proteção, mas aos poucos fui aumentando meus horários no consultório de Friburgo, e tudo deu certo. Eu tinha talento pra coisa! Daí começou uma nova fase em minha vida, com novas possibilidades (o contato com a Antroposofia começou aí, aos 28 anos, através de uma amiga de Friburgo).
Esta Crise dos Talentos muitas vezes é deflagrada por alguém, um amigo ou alguém que passa batido pela nossa vida, que fala alguma coisa e cria esse comichão. Pode ser também um livro, um filme, mas sempre levando a um profundo questionamento do que fazer com os talentos que conquistamos até então.
Observe na sua história, se você já passou dessa idade, o que pode ter sido essa Crise dos Talentos. E, se você ainda não chegou aos 28 anos, esteja de olhos e ouvidos abertos para os questionamentos que vão surgir nesta fase. Eles vão lhe trazer uma certa angústia, afinal a palavra ‘crise’ não é retórica, mas você vai entrar num novo rumo em sua vida, num crescimento pessoal muito recompensador.

Marcelo Guerra

Artigo originalmente escrito para a Revista Personare.

Grupo de Terapia Biográfica em São Paulo

Você passa a vida buscando um sentido para ela (a vida). Na maior parte do tempo, essa busca é fora, seja aderindo e vestindo a camisa de uma ideologia, comprando, jogando em outra pessoa a responsabilidade pela sua felicidade, e por aí vai. Geralmente quando você olha para dentro de si, esse olhar vai carregado de julgamento, ou admirando-se muito ou recriminando-se como se fosse o pior dos seres humanos que anda sobre a Terra.

Este é um convite para fazer parte de um grupo de Terapia Biográfica que vou coordenar na cidade de São Paulo. O objetivo deste grupo é olhar, junto com os outros participantes, para a própria história, de forma clara e objetiva, sem julgamentos pré-concebidos, para chegar a uma imagem mais nítida de qual o propósito da sua vida.

Este grupo vai funcionar de forma contínua por 8 meses, em que teremos um grupo de discussão só para nós na internet, onde trocaremos mensagens e arquivos, indicações de sites, de livros, filmes, atividades. Uma vez por semana, às terças-feiras, 20h, teremos um encontro marcado pelo Skype, onde conversaremos com voz até 21h. Você organizará um caderno com fatos da sua vida junto com fotos e lembranças para tornar sua biografia algo vivo diante de você. E um sábado por mês teremos um encontro presencial, de 9h às 18h, onde você poderá fazer atividades vivenciais como pintura em aquarela, modelagem em argila, danças circulares e contos de fadas, que ampliarão a compreensão do tema do mês, coroando as discussões com o contato real com o grupo. Para cada tema, teremos um filme para discutir (que assistiremos cada um em sua casa) e alguns textos e músicas para alimentar a discussão.

Os temas que iremos abordar são:

  • Infância e família
  • Adolescência e sexualidade
  • Vocação e trabalho
  • Amor e relacionamentos
  • Amizades
  • Dinheiro
  • Espiritualidade e morte
  • O mal e o perdão

Para participar é necessário ter mais de 21 anos, ter acesso a um computador com conexão à internet e ter vontade de olhar para a própria biografia como quem olha para algo sagrado, que guarda as possíveis respostas para seus conflitos e indecisões.

O grupo, uma vez formado, será o mesmo até o fim do 8° encontro, por isso é importante refletir sobre seu real desejo de participar deste trabalho e evitar inscrever-se pelo impulso. O custo será de R$250,00 mensais, a 1ª parcela será paga através de depósito no Banco do Brasil ag. 0107-4 conta 20222-3 e as demais serão pagas no 1° encontro, com cheques pré-datados. O mínimo de participantes será de 4 pessoas e o máximo, 10. Se não houver o mínimo de inscritos até o 1° encontro presencial, o início poderá ser adiado. Informarei a quem estiver inscrito sobre o andamento das inscrições.

Os encontros presenciais serão à Rua Mateus Grou, 497 casa 2 (uma vila entre os números 507 e 509), Pinheiros, São Paulo. O telefone para contato é (11)6463-6880 e o meu e-mail é marceloguerra@terapiabiografica.com.br .

As datas dos encontros presenciais são as seguintes:

  • 18 de junho de 2011;
  • 16 de julho de 2011;
  • 13 de agosto de 2011;
  • 17 de setembro de 2011;
  • 15 de outubro de 2011;
  • 12 de novembro de 2011;
  • 10 de dezembro de 2011;
  • 14 de janeiro de 2012.

Espero que estejamos juntos nos próximos 8 meses! Um abraço,

Marcelo Guerra

Clique aqui para fazer sua inscrição.


Depressão pós-parto masculina


Dúvidas associadas ao nascimento do filho podem ocasionar a doença

Um recente estudo publicado no Journal of American Medical Association revelou que cerca de 10% dos pais também sofrem depressão após o nascimento do bebê – e este índice aumenta após o primeiro trimestre.

Diferente da depressão pós-parto que ocorre na mulher, ela pode se manifestar mais tarde nos pais provavelmente porque os três primeiros meses são de novidade e muito,  muito trabalho. Outro dado importante é que nos homens é mais comum que a depressão ocorra quando do nascimento do primeiro filho.

O cuidado da mãe com seu filho provoca no homem um sentimento de abandono, como se tivesse sido preterido pelo bebê. Mesmo consciente de que não é esse o caso, o sentimento é este: eu não recebo mais a atenção que recebia, ela já não se importa comigo como antes.

Mudanças no comportamento

Além de sentir-se preterido, a responsabilidade do homem aumenta muito ao tornar-se pai pela primeira vez. Hoje a cobrança por ser um pai presente, participante dos cuidados do filho, aumentou muito, numa mudança gigantesca em relação a décadas passadas, quando o pai tinha como principal tarefa ser provedor da família e, se sobrasse um tempinho, brincar uns minutinhos com o filho. Ser pai hoje exige mais presença e disposição para educar e brincar.

Diante da depressão pós-parto, há mudanças no comportamento do homem, sendo a principal delas o ausentar-se mais de casa, como numa fuga da situação. O homem passa a chegar mais tarde e sair mais cedo, assume novas atividades fora de casa. De repente, entrar para a academia torna-se urgente, depois de anos enrolando para matricular-se. E é sentido mesmo como urgente!

Numa tentativa de reconquistar a atenção perdida de sua mulher, o homem busca afastar a mãe do bebê. Outras vezes, pode aventurar-se em casos extraconjugais, buscando resgatar esta atenção em outras mulheres.

Não importa como o homem reage à depressão pós-parto, o seu sentimento é de tristeza – e o abatimento é difícil de ser escondido. Sintomas típicos da depressão estão presentes, como angústia traduzida por dor no peito, pensamentos constantes, sentimento de inadequação, de que não vai dar conta da responsabilidade que cresceu. Insônia é frequente, geralmente pelos pensamentos persistentes. O homem sente como se  não conseguisse amar seu bebê como gostaria, o que lhe causa mais culpa e sofrimento. A evolução do quadro pode levar a pensamentos de suicídio.

É importante que o homem reconheça que está doente e busque ajuda através da psicoterapia ou de uma medicina que o perceba como um todo, como a Homeopatia ou Acupuntura. Através de um tratamento bem feito, o homem pode resgatar sua autoconfiança e não se sentir sobrecarregado pela responsabilidade aumentada ou relegado a um segundo plano por sua esposa. Assim, poderá encontrar-se de forma inteira com seu filho.

Artigo originalmente publicado em Personare

O lado feminino presente no homem

Artigo originalmente publicado na Revista Online Personare

“Ser um homem feminino não fere o meu lado masculino.” (Pepeu Gomes)

Tanto os homens quanto as mulheres compartilham características que podem ser consideradas masculinas e femininas. Isso ocorre biologicamente e também animicamente. Biologicamente, os hormônios sexuais, estrogênio e testosterona, estão presentes em ambos os sexos, mas em proporções diferentes. O estrogênio é mais preponderante na mulher e a testosterona, no homem.

Animicamente, há dois arquétipos relacionados ao gênero, chamados Anima e Animus. O Animus é o arquétipo masculino presente na mulher e o Anima, o arquétipo feminino presente no homem. É sobre este último que este texto trata.

A Anima é um arquétipo que carrega as qualidades de contração, introspecção, acolhimento, o nutrir o outro, maternidade, o cuidar do outro. São qualidades tradicionalmente associadas ao feminino, e que o homem carrega em sua vida psíquica e pode, ou não, desenvolver ao longo da sua biografia.

Quando somos crianças e adolescentes, recebemos de fora nossa educação, seja pela família, pela escola, pelos grupos que frequentamos, pelas ideologias a que aderimos. Quando nos tornamos adultos, a nossa educação fica em nossas mãos, torna-se auto-educação, e todo nosso desenvolvimento a partir de então está sob nossa responsabilidade.

O cultivo e desenvolvimento da Anima pelo homem depende, então, de sua própria vontade. Nos primeiros anos da vida adulta, o homem se vê diante de circunstâncias que frequentemente o impelem à competição, e isso mantém a sua Anima meio adormecida, latente. Essa competição aparece na vida profissional, onde é mais evidente, assim como nos relacionamentos, em que a busca por uma parceira pode tomar ares de uma verdadeira caçada.

Já na faixa dos trinta anos, o homem (assim como a mulher) já busca temperar mais a razão (característica arquetipicamente masculina) com a emoção (característica arquetipicamente feminina) e assim há um surto de desenvolvimento de sua Anima, como se fosse a puberdade da Anima. As decisões já levam em conta não só fatores materiais, lógicos, mas também sentimentais. No trabalho, por exemplo, ter um bom salário já não representa o único, nem o mais importante, critério para um homem escolher um emprego. Estar num ambiente de trabalho agradável, junto com pessoas amigáveis, conta muito mais. No relacionamento, o fato de uma mulher ser bonita e gostosa diminui um pouco de importância aos olhos do homem, que passa a valorizar mais os atributos de companheirismo, carinho, atenção.

O desenvolvimento da Anima prossegue após esse ‘estirão’ e na faixa dos cinquenta anos a Anima amadurece e floresce no homem (sempre lembrando que a opção ‘ou não’ também é válida, afinal de contas somos livres para escolher o rumo de nossas vidas). Assim, nos relacionamentos amorosos e familiares, o homem passa a ser mais carinhoso, afetuoso, emotivo, demonstra mais os seus sentimentos. No trabalho, tem um cuidado maior com os colegas, principalmente com os mais jovens, de quem muitas vezes pode se tornar uma espécie de tutor e protetor.

Lembro que meu pai, que era um pai disciplinador, autoritário, nessa época me beijou pela primeira vez, o que me causou surpresa e alegria. O pai autoritário tornou-se um avô que cozinhava para nos receber, que puxava os netos pela casa em cima de um ‘tapete voador’, que aprendeu a dizer ‘eu amo você’, que admitiu que sentia muita saudade do pai que morrera há tantos anos, que chorava ao ser homenageado por estagiários em seu trabalho (ele era enfermeiro).

A Anima é um tesouro na vida anímica do homem, que traz conforto e maciez à própria existência e à daqueles com quem se relaciona. Por isso, homens, vamos cuidar bem de nosso lado feminino e fazer um mundo mais carinhoso.

Dedico este texto à memória de Warner, meu pai.

Curso DAO: Observação e Sentido

Uma nova forma de intervenção terapêutica e pedagógica.

No trabalho terapêutico e na educação a Observação e o Sentido são os dois pilares. A Observação busca no exterior o que o Sentido vai elaborar no interior. Neste curso teórico-vivencial iremos abordar os conceitos que permitirão que você desenvolva sua capacidade de observar de forma a obter sentido nas diferentes situações encontradas em sua vida e em seu trabalho.

Tópicos:

  • A Antroposofia e seus princípios básicos;
  • A Biografia Humana;
  • Observação Goetheanística;
  • Potenciais anímicos: Pensar, Sentir, Agir;
  • Vocação e Profissão.

Público Alvo: Profissionais e estudantes dos últimos períodos de Psicologia, Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Serviço Social, Pedagogia e todas as demais carreiras da Educação.

Coordenação:

Rosângela Cunha
Psicóloga, Gestalt-terapeuta e Terapeuta Biográfica


Marcelo Guerra
Médico Homeopata, Acupunturista e Terapeuta Biográfico

Formação Biográfica – Minas Gerais – Escola Livre de Formação Biográfica
Membro do International Trainers Forum em conexão com a General Anthroposophical Section of the School of Spiritual Science do Goetheanum – Dornach/Suiça.)

Em Juiz de Fora:

Encontros quinzenais, às quintas-feiras, de 18h às 20h,
Datas: 11/03, 25/03, 8/04, 22/04, 06/05, 27/05, 17/06 e 01/07 de 2010, num total de 8 encontros.

Em Nova Friburgo:

Encontros quinzenais, às quartas-feiras, de 18h às 20h,
Datas: 17/03, 31/03, 14/04, 28/04, 12/05, 26/05, 09/06, 23/06 de 2010 , num total de 8 encontros.

Preço: R$800,00 divididos em 4 parcelas de R$200,00.
Grupos pequenos.

Escreva para santana@terapiabiografica.com.br ou marceloguerra@terapiabiografica.com.br para mais informações. Ou ligue para falar com um de nós:

(21)7697-8982 ou (22)9254-4866, Marcelo

(32)8887-8660 ou (31)8532-2217, Rosângela

Grupo de Terapia Biográfica em Nova Friburgo

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Estamos formando novos grupos de Terapia Biográfica em Nova Friburgo (RJ). Se você tiver interesse em participar e aprender mais sobre você, venha participar. As reuniões serão realizadas uma vez por semana, em sessões de 2 horas de duração. Trabalharemos com arte e palavras, revelando o Eu interior.

Na Terapia Biográfica a arte é um elemento fundamental, assim como em todas as atividades humanas ela é um elemento harmonizador.

O impulso artístico proposto por Rudolf Steiner — e formulado pela antroposofia por meio da euritmia, escultura, pintura e arte da fala — é o machado afiado que possibilita ao aprendiz entrar em contato com seus próprios meios. Na busca do elemento artístico específico de cada arte, a pessoa depara-se com o universo dos fenômenos, conhece suas formas de expressão, e pode criar a partir de elementos como equilíbrio, movimento, cor, som, forma, ritmo, etc. A aproximação com tais elementos exige concentração e auto-observação, qualidades que se adquirem durante o próprio fazer artístico.

Ao criar algo completamente novo, saído inteiramente do seu interior, a pessoa trabalha e mostra seus limites ao mesmo tempo em que afirma sua individualidade e valoriza a si mesma. E é assim que, com a ajuda da arte, dá os primeiros passos rumo à superação de si mesma.

O fazer artístico ampliado pela antroposofia é sempre um veículo de expressão da alma. A intenção terapêutica é o equilíbrio e a harmonização interna do indivíduo.

Coordenação: Marcelo Guerra, Médico Homeopata, Acupunturista e Terapeuta Biográfico formado pela Escola Livre de Formação Biográfica de Minas Gerais (Membro do International Trainers Forum em conexão com a General Anthroposophical Section of the School of Spiritual Science do Goetheanum – Dornach/Suiça).

Local: Rua Ernesto Brasílio, 14 sala 408 – Centro – Nova Friburgo – RJ

Horário: terças-feiras, de 14h às 16h.

Início: 2 de fevereiro de 2010.

Preço: R$120,00 por mês.

Inscrições: marceloguerra@terapiabiografica.com.br ou (22)9254-4866 (deixe mensagem de voz ou de texto)

Workshop Biográfico em Juiz de Fora

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Cada vez mais nos afastamos de qualidades que retratam a essência do nosso EU, gerando como consequência sofrimento e dor. O workshop A Luz e a Sombra na Alma Humana tem por objetivo trabalhar de forma vivencial as forças da alma vinculadas aos sentidos térmico e do olfato, ampliar a qualidade de contato, promover a conscientização dos mesmos e levar à reflexão sobre a forma como lidamos em nossa vida diária com a nossa própria violência e vícios.

Está baseado nos dois primeiros trabalhos de Hércules, sendo destinado às pessoas que desejam trabalhar o autodesenvolvimento.

Metodologia:

Atividades artísticas, danças circulares e outras vivências em grupo.

  • Como é o leão dentro de mim? Como ele age e reage?

  • Que leões eu enfrento na minha vida?

  • Como eu lido com minha agressividade? Como eu lido com a agressividade dos outros?

  • Como são meus impulsos sociais e anti-sociais?

  • O que representam as cabeças da hidra na minha vida?

  • Quais são as sombras que preciso levar à luz para retirar sua força?

Quem coordena?

Rosângela Cunha, Psicóloga, Gestalt-terapeuta e Terapeuta Biográfica

Marcelo Guerra, Médico Homeopata e Terapeuta Biográfico

(Formação Biográfica – Minas Gerais – Escola Livre de Formação Biográfica
Membro do International Trainers Forum em conexão com a General Anthroposophical Section of the School of Spiritual Science do Goetheanum – Dornach/Suiça.)

Quando e onde?

De 13 a 15 de novembro de 2009, no Seminário da Floresta, em Juiz de Fora.

Quanto? Os preços incluem estadia em quartos individuais, com alimentação no período do workshop. A inscrição é efetivada com o depósito da primeira parcela.

  • R$680,00 ou 4X R$170,00.

Mais informações e inscrições:

Rosângela: (31)8532-2217ou (32)8887-8660 santana@terapiabiografica.com.br

Marcelo: (22)9254-4866 ou (21)7697-8982 marceloguerra@terapiabiografica.com.br