Pode um parasita influenciar a cultura humana?

>> Temos a tendência de achar que todos os problemas emocionais têm causas psicológicas. Por conta disso, muitos leigos tentam aplicar a Homeopatia de maneira superficial, sem buscar as causas do que aflige o paciente. Este artigo abre uma nova discussão em relação à influência do orgânico sobre o psicológico. Este é um exemplo, dentre vários outros possíveis, como distúrbios da tireoide, alterações no fígado, etc.

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Parasitas são capazes de muitas coisas para facilitarem a transmissão. Controlar a mente do hospedeiro, forçar o suicídio dele e até mesmo controlar o sexo dele. Mas em todos estes casos, o hospedeiro é um animal menor, como uma lagarta. Será que algum parasita é capaz de controlar a mente do ser humano? Será que algum parasita é capaz de influenciar a cultura humana?

Você conhece a toxoplasmose? Pode não conhecê-la, mas são grandes as chances de ter. No Brasil, 2/3 da população tem, e como ela dificilmente causa problemas, poucos sabem que estão infectados. O causador é um organismo unicelular chamado Toxoplasma gondii. O ciclo ideal do toxoplasma se dá entre o gato e o rato. Dentro do rato, hospedeiro intermediário, ele se reproduz assexuadamente. Depois do almoço, uma vez dentro do gato, o toxoplasma se reproduz sexuadamente e produz células resistentes chamadas oócitos, que vão parar nas fezes do gato e contaminam tanto o solo quanto a água. Mas o toxoplasma também é capaz de infectar outros mamíferos, de humanos a golfinhos. Graças a isso, é um dos parasitas mais distribuídos e presentes. Quando contraímos ele através do solo, água e até mesmo carne mal preparada, ele se comporta como se estivesse em um rato.

Ao nos infectar, ele se esconde em células do sistema imune chamadas células dendríticas, e as induz a circular mais no corpo. As células dendríticas têm acesso privilegiado no nosso corpo e são capazes de entrar no cérebro, levando consigo o toxoplasma, como um cavalo de Tróia. No nosso cérebro, ele se aloja em células da glia, auxiliares dos neurônios. Lá o toxoplasma se reproduz aos montes, e manipula o sistema imune para controlar sua população em ciclos de sobe e desce. Nada que cause muitos problemas em pessoas saudáveis. O problema acontece nos imunocomprometidos, como portadores de AIDS e fetos. Nestes, não há resposta imunológica que controle a população do toxoplasma e ele causa graves danos neurológicos, daí a preocupação das grávidas com a toxoplasmose.

De volta ao rato, quanto mais o toxoplasma favorecer sua transmissão para o gato, mais será favorecido pela seleção natural. E é justamente o que ele faz. Uma vez dentro do rato, o toxoplasma se dirige para o cérebro, mas uma região bem específica dele, a amígdala. A amígdala é o centro de controle das emoções do cérebro. O que ele faz lá? Ratos infectados apresentam algumas reações diferentes. Deixam de evitar locais iluminados e o mais bizarro: os ratos perdem o medo do cheiro da urina de gatos… Em laboratório, pingar urina de gato em uma câmara de um labirinto é garantia de que os ratos evitarão aquele lugar. Já os ratinhos com toxoplasma circulam perfeitamente lá dentro, chegando inclusive a ter mais interesse pelo local. Outras respostas, como o medo de tomar choque continuam intacta. Ou seja, o toxoplasma é capaz de alterar um medo específico do rato! Coisa que anos de psicanálise não fariam. Sabendo disso, cientistas começaram a se perguntar o mesmo que você deve estar se perguntando agora. Mas o toxoplasma não se comporta do mesmo jeito no ser humano e no rato?

Não que ele nos faça perder nosso medo de urina de gato, mas algumas relações intrigantes apareceram. Há uma grande correlação entre pessoas que sofrem de esquizofrenia e portadores de toxoplasma. Pior, remédios que tratam esquizofrenia, como haloperidol, matam o toxoplasma, deixando uma dúvida sobre quem o remédio trata. E isso vai além. Em uma outra pesquisa, mulheres com toxoplasmose foram identificadas como mais afetuosas, inseguras e persistentes. Já os homens, mais ciumentos e menos interessados por novidades.

Agora aumente a escala disso. Imagine países tropicais, como os países latinos, onde o solo mais quente favorece a sobrevivência dos oócitos e têm altas taxas de toxoplasmose, em contraste com países do norte europeu, com índices baixíssimos da doeça. Pense na imagem que as pessoas têm dos latinos, mulheres mais quentes e afetuosas, e homens mais ciumentos… Pense agora que metade das pessoas do mundo têm toxoplasmose e que nossa cultura é construída pela interação de todas as mentes… Será que esse parasita pode ser mais um dos milhares de fatores que influenciam nossa cultura??
Texto de Atila Iamarino, biólogo e doutorando em evolução de HIV-1. Apaixonado por ciência e viciado em informação, responsável pelo blog Rainha Vermelha do ScienceBlogs.

A Luta Contra o Leão Interno

leao_internoherculesVivência baseada no primeiro trabalho de Hércules, a luta contra o Leão de Nemeia.

  • Como é o leão dentro de mim?

  • Como ele age e reage?

  • Que leões eu enfrento na minha vida?

  • Como eu lido com minha agressividade?

  • Como eu lido com a agressividade dos outros?

Trabalharemos com aquarela, argila e atividades em grupo.

Quem coordena?

Marcelo Guerra, Médico Homeopata e Terapeuta Biográfico

Mariane Canella, Professora Waldorf e Biógrafa (em formação)

(Formação Biográfica – Minas Gerais – Escola Livre de Formação Biográfica Membro do International Trainers Forum em conexão com a General Anthroposophical Section of the School of Spiritual Science do Goetheanum – Dornach/Suiça.)

Quando e onde?

Dia 1º de agosto, sábado, de 8:30h às 16:30h, no Sítio do Vale de Luz, em Nova Friburgo.

Quanto?

  • Até 15/06/09 R$100,00 à vista ou 2xR$50,00 (incluído almoço)

  • Até15 /07/09 R$130,00 à vista ou 2XR$65,00 (incluído almoço)

  • Até 01/08/09 R$150,00 à vista ou 2XR$75,00 (incluído almoço)

Mais informações e inscrições

(22)9254-4866 ou (21)7697-8982

marceloguerra@terapiabiografica.com.br

www.daobiograficos.com.br

Tecendo o Fio do Destino: Autoconhecimento pela Antroposofia

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Cada um de nós nasce com um destino, não como um livro previamente escrito em que cada ato nosso está previsto, mas como uma missão a nós confiada. Isto faz com que a vida tenha um sentido e, muitas vezes, sofremos com angústia ou depressão por não percebê-lo claramente. Os fatos de nossas vidas estão aí para que encontremos o Fio do Destino que, junto com o nosso livre arbítrio, tece os acontecimentos tanto no nosso mundo interior quanto na nossa vida nas comunidades em que vivemos.
Este curso tem o objetivo de buscar o fio do destino de cada um, desembaraçá-lo, tecê-lo de forma diferente, mais confortável, mais de acordo com o sentido que queremos dar para nossas vidas. Para isso trabalharemos com fatos de nossas próprias vidas. Este trabalho será feito com palavras e arte, como aquarela, modelagem em argila, tricô, desenho, contos de fadas, vídeos, teatro, etc. Ninguém precisa ser artista para participar, é claro. Porém será uma oportunidade de apropriar -se da sua obra mais importante: a sua história, tornando-se dono e artífice da mesma. E desta forma, acrescentar detalhes, retocar e dar acabamentos em qualquer momento da sua vida.
Muitas das questões que nos colocamos hoje são percebidas de modo diferente quando as situamos no contexto mais amplo da vida toda. A troca de experiências de vida num grupo é enriquecedora e suaviza os sentimentos ligados a essas experiências. Permite identificações além de possibilitar um olhar de fora, como quando assistimos um filme, sendo testemunhas de fatos comuns, arquetípicos, ao desenvolvimento do ser humano.
Em Niterói, o Tecendo o Fio do Destino será realizado em 8 encontros quinzenais, começando em 17 de março, de 19h às 22h.

  • O valor total do workshop é R$ 680,00, divididos em 4 parcelas (cheques pré-datados) de R$170,00, sendo que a inscrição se dá mediante pagamento da 1ª parcela.
  • Os inscritos até 28 de fevereiro terão um desconto e o custo total passa a ser R$560,00 ou 4 parcelas de R$140,00 (cheques pré-datados).
  • E os inscritos até 14 de março também terão desconto, passando o custo total para R$600,00, ou 4 parcelas de R$150,00 (cheques pré-datados).

O número mínimo de participantes para a realização do curso é de 8 pessoas. Inscreva-se já, pessoalmente na Glia Cultura e Aprendizagem ou pelos telefones (21)3601-2092 e (21)7697-8982. Coordenação: Marcelo Guerra.

Em breve, teremos a definição de datas em que realizaremos o workshop em Nova Friburgo e Juiz de Fora. Fique de olho! Salve o endereço do site nos favoritos do seu navegador e nos visite. As Vagas são limitadas, e já estamos fazendo reservas para essas cidades.

* Em Niterói: Glia Cultura e Aprendizagem

Rua Nilo Peçanha, 142 – Ingá

* Em Nova Friburgo: DAO Terapias

Rua Ernesto Brasílio, 14/408 – Centro

Contatos e informações:
Marcelo: marceloguerra@terapiabiografica.com.br

Tolerância e Fundamentalismo

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Fundamentalismo é o termo usado para se referir à crença na interpretação literal dos livros sagrados. Fundamentalistas são encontrados entre religiosos diversos e pregam que os dogmas de seus livros sagrados sejam seguidos à risca.

O termo surgiu no começo do século 20 nos EUA, quando protestantes determinaram que a fé cristã exigia acreditar em tudo que está escrito na Bíblia. Mas o fundamentalismo só começou a preocupar o mundo em 1979, quando a Revolução Islâmica transformou o Irã num Estado teocrático e obrigou o país a um retrocesso aos olhos do Ocidente: mulheres foram obrigadas a cobrir o rosto e festas, proibidas. “Para quem aprecia as conquistas da modernidade, não é fácil entender a angústia que elas causam nos fundamentalistas religiosos”, escreveu Karen Armstrong no livro Em Nome de Deus: o Fundamentalismo no Judaísmo, no Cristianismo e no Islamismo.

Porém, não são apenas os muçulmanos que têm seus fundamentalistas, também os cristãos, os judeus e, por incrível que possa parecer, os ateus e os céticos. A atitude fundamentalista não permite diálogo, porque suas verdades são únicas e incontestáveis, e quem diverge delas é desqualificado, quando não ridicularizados ou atacados pessoalmente.

Em muitas situações podemos atuar de forma fundamentalista, excluindo a possibilidade de compreender e dialogar com o outro. Pessoas que participam de grupos de defesa dos direitos dos animais veem com imenso desprezo quem não gosta de animais. Vegetarianos podem arrepiar-se ao passar na porta de uma churrascaria. É óbvio que nem todos são fundamentalistas, graças a Deus, ou graças a Richard Dawkins.

Temos em torno de nós muitas pessoas que agem de maneira fundamentalista, quando não somos nós mesmos os fundamentalistas. Na medicina, por exemplo, ainda um grande número dos médicos alopatas desqualifica os médicos homeopatas, sem sequer querer conhecer a especialidade (sim, é uma especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1981), assim como muitos médico homeopatas ficam indignados se algum paciente usa algum remédio alopático, mesmo que seja numa situação em que tenha sido prescrito num atendimento de urgência. E os pais que acham que os filhos têm que viver a adolescência como se fossem adultos perfeitos? E os adolescentes que acham que os pais são extraterrestres por não conhecer aquela banda que faz sucesso “já” há 3 dias e que vai desaparecer antes de você terminar este texto, também não são fundamentalistas?

Muitas vezes nos relacionamentos a dois o comportamento fundamentalista leva a brigas, desentendimentos e até separações, pois muitas vezes um dos cônjuges quer que o(a) parceiro(a) seja exatamente como suas fantasias acham que deva ser um(a) parceiro(a) ideal.

E qual é o antídoto para o fundamentalismo? A TOLERÂNCIA. Saber que, por mais que queiramos, as pessoas são diferentes, pensam de forma diferente, mesmo quando são da mesma família. Ser diferente não deveria ser um empecilho para uma boa convivência entre as pessoas.

Tolerância e diálogo devem ser nossos lemas na relação com outros seres humanos. Esta é a base da verdadeira paz!

Minha Entrevista na Revista Seleções

Publicado na Revista seleções de janeiro/2008.

http://www.selecoes.com.br/revista_leia_aqui_artigo.asp?id=1501

Brincando com a vida

Não é só nos consultórios – milhares de erros também acontecem nos laboratórios. Saiba como se proteger.
Por Dirley Fernandes
Reduzindo erros

É inegável que instituições e profissionais têm feito esforços no sentido de dar mais segurança aos procedimentos médicos. O radiologista Sandro Fenelon, de São Paulo, salienta os esforços do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) para fiscalizar a qualidade dos serviços, mas considera isso pouco. “É preciso investir em qualidade. Isso vai desde as escolas aos centros de diagnóstico, que devem contratar especialistas em radiologia certificados pelo CBR.”

A Organização Mundial da Saúde iniciou em 2007 uma campanha internacional para a redução e prevenção de erros nos serviços de saúde, lembra o Dr. Fábio Gastal, superintendente da Organização Nacional de Acreditação, entidade que certifica a qualidade de instituições médicas. Para ele, o cenário brasileiro vem melhorando. “Alguns problemas permanecem, como a dificuldade de fiscalizar os serviços públicos. Os melhores são mais fiscalizados do que os piores.” Para o médico, os erros poderiam ser reduzidos com melhores ferramentas de gestão (padronização e constante análise dos procedimentos, por exemplo).

A radiologista Ellyete Canella não vê como necessária uma mudança nos processos. “É preciso treinamento constante e conscientização dos profissionais”, sugere. “Laboratórios e profissionais precisam procurar órgãos externos, como associações médicas e entidades de certificação, para se amparar tecnicamente e se manter atualizados”, diz o bioquímico Humberto Tibúrcio, também presidente do Copren (ver quadro na página ao lado). Gastal destaca que o problema está no estabelecimento de prioridades. “Não se pode investir apenas em tecnologia para que os processos melhorem. Tem de haver equilíbrio entre a aplicação de sistemas de controle de qualidade em todos os procedimentos e o uso da ciência médica”, afirma.


Ouça quem é do ramo

Pelo Dr. Marcelo GuerraSou médico e psicoterapeuta e, como costuma acontecer com alguns profissionais de saúde, ao verificar que estava com febre, disse à minha mulher: “Isso não é nada… Vai passar.” Mas, depois de quatro dias, a febre não passava e a garganta começou a inchar. Então fui ao hospital na cidade onde moro, Nova Friburgo (RJ). Ali, depois de um rápido exame, o médico de plantão perguntou se eu apresentava algum sangramento. Lembrei da minha gengiva, que sangrava há alguns dias. O colega, então, me deu o diagnóstico: dengue hemorrágica (doença que atingiu 672 pessoas no Brasil ano passado, matando 76).

Aquilo me deixou assustado. Mas, como não queria misturar minha condição de médico com a de paciente, e como o colega que me atendeu se mostrou convicto, não refutei. Afastei-me do trabalho para observar a evolução dos sintomas e comuniquei à família que estava com uma doença grave, talvez fatal. Foi um período de muita angústia. Depois de uns dez dias, os sintomas começaram a regredir. Voltei ao hospital e outro médico me atendeu, percebendo que eu não sofria de nada além de uma forte infecção na garganta e de uma gengivite, inflamação muito comum e, de modo algum, fatal. Tomei antibióticos e em uma semana voltei ao trabalho.

Mesmo não sendo um leigo em medicina, eu não quis confrontar o médico que me deu um diagnóstico tão drástico e precipitado. Fico imaginando a dificuldade de um paciente comum. É fundamental buscar esclarecimentos para tomar as decisões sobre a própria saúde. Meus conselhos:

Pergunte até entender tudo. Já atendi muitos pacientes que me pediam explicações sobre coisas que outro médico lhes havia dito. Algumas doenças têm nomes assustadores, mas não são graves. E alguns médicos exageram na linguagem técnica. Insista até compreender qual é de fato o seu problema.

Escolha bem. O médico com quem você tem contato é apenas o primeiro elemento de uma equipe de especialistas envolvidos no cuidado com a sua saúde. Em geral, quanto melhor o hospital, melhor a equipe.

Leia a etiqueta. Muitos enganos cometidos pelos laboratórios começam na coleta do material. Ao entregar uma amostra de sangue ou outro material, peça ao profissional que lhe mostre a etiqueta de identificação. Se desconfiar, repita. Em algumas doenças, como as degenerativas, é normal que os exames apresentem variação. Há também condições nos procedimentos e na alimentação que podem alterar o resultado. Se houver discrepância, não pense duas vezes: repita.

Leve a ficha médica. É importante ter um resumo das informações sobre a sua saúde: doenças, remédios e dosagens, alergia a drogas e alimentos. Quando consultar um médico – inclusive um radiologista –, mostre a ele essa ficha, além dos exames que tiver feito.

Não exagere nos exames. O excesso de exames pode até desviar o foco de um diagnóstico que estava fechado. Não chegue diante do seu médico já dizendo que quer fazer uma ressonância magnética. Uma segunda opinião pode ser a salvação. Outra visão sobre o diagnóstico e o tratamento é indispensável. Procure outro médico, mesmo que seja na lista do seu convênio.

Marcelo Guerra é médico especializado em homeopatia, psicoterapia e acupuntura. Tem consultórios no Rio de Janeiro e em Nova Friburgo (RJ).

Antroposofia e Desenvolvimento Pessoal – Palestra Gratuita

Palestra pública e gratuita no Espaço Glia, localizado à Rua Nilo Peçanha 142, Ingá, Niterói, RJ. Dia 9 de dezembro, terça-feira, às 19:30h.

Palestrantes: Rosângela de Santa Anna Cunha e Marcelo Guerra, Terapeutas Biográficos e coordenadores do DAO Terapias.

Antroposofia, do grego “conhecimento do ser humano”, introduzida no início do século XX pelo austríaco Rudolf Steiner, pode ser caracterizada como um método de conhecimento da natureza do ser humano e do universo, que amplia o conhecimento obtido pelo método científico convencional, bem como a sua aplicação em praticamente todas as áreas da vida humana.

Dentre essas áreas, a que está mais intimamente ligada ao Desenvolvimento Pessoal é o estudo da Biografia Humana, que identifica as leis biográficas, arquetípicas, pelas quais todos passamos. Através do Trabalho Biográfico, é possível discernir o que é próprio da idade e o que é acontecimento individual, elementos fundamentais para compreensão da nossa biografia como única. A intenção deste trabalho não é ficar preso ao passado, mas entendê-lo e integrá-lo ao presente, possibilitando a elaboração do que queremos para o nosso futuro.

A Vida de Hahnemann

Samuel Hahnemann

A vida de Hahnemann comporta algumas peculiaridades que devem ser observadas antes de descrevê-la pormenorizadamente. Em primeiro lugar, Hahnemann viveu mais de 88 anos, o que era extremamente raro no século XVIII. Ele nasceu em 1755 e faleceu em 1843, tendo passado a maior parte deste tempo na Alemanha, que não era um país unificado, mas um amontoado de cidades-estado que freqüentemente enfrentavam-se em disputas de poder, e que depois foram todas dominadas por Napoleão e seu exército. Nos últimos anos de sua vida ele desfrutou da fama e expandiu o nome da Homeopatia em Paris, à época a cidade mais importante culturalmente no mundo, o farol para onde todas as mentes em busca de conhecimento e novidades voltavam-se avidamente.

Esta é a história de um homem que criou uma ciência de curar eficaz, rápida e segura, partindo unicamente de fatos, os quais ele observava atentamente para só depois deles extrair hipóteses e teorias. É a história de um homem obstinado, quase arrogante, que não se curvou ao senso comum nem para evitar a fome sua e de sua numerosa família. Um homem que defendeu arduamente o ideal de curar sem prejudicar, contra uma classe médica irada que não podia aceitar que este médico de origem humilde fosse ensinar-lhes uma nova arte e ciência de curar. Um homem que até seus últimos dias cuidou de aprimorar seu legado maior à Humanidade, a Homeopatia. Hoje a Homeopatia sobrevive e expande-se pelo mundo todo, mas nada disso teria ocorrido se seu visionário fundador tivesse sido mais complacente com seu pares da época. O ódio que os seus opositores lhe nutriram abertamente em vida, hoje foi amplamente sobrepujado pelo amor e gratidão de milhões de médicos homeopatas e pacientes beneficiados pela Homeopatia.

Eu sou grato em primeiro lugar por ser um médico homeopata e, em segundo lugar, por ter tido a oportunidade de fazer este estudo da vida deste grande mestre da humanidade, um homem muito à frente do seu tempo, talvez à frente até do nosso tempo, que captou a essência da matéria e a entregou a nós todos de forma metódica para que possamos perpetuar seu trabalho de trazer saúde verdadeira a nossos irmãos e irmãs que sofrem as mais diferentes mazelas do corpo e da alma. Em sua lápide ele mandou escrever: Non inutilis vixi (Não vivi em vão). Como se houvesse alguma dúvida… Muito obrigado, Christian Friedrich Samuel Hahnemann.

O quê e onde estudei

Marcelo Guerra médico Homeopata

Sou médico atendendo em Nova Friburgo e região há 23 anos, e este ano começando também em Rio das Ostras. Trabalho com Medicina Homeopática, Acupuntura e Terapia Biográfica.
Natural de São Gonçalo (RJ), nasci em 1965, estudei no Colégio Municipal Presidente Castello Branco até a oitava série. Fiz o Ensino Médio (no meu tempo chamava-se Segundo Grau) em Niterói, no Instituto Gay-Lussac. Passei no Vestibular para Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde estudei até 1989.
Em 1987, ainda durante a Faculdade, entrei para a Escola de Psicanálise de Niterói (já destruída por sucessivas dissidências), onde participei do curso de formação de Psicanalistas por 2 anos.
Após graduar-me como médico, porém, decidi trabalhar como Pediatra, abandonando a prática de Psicanalista. Devo a meus estudos em Psicanálise a capacidade de ouvir os pacientes de forma a reconhecer o que necessita ser tratado em cada caso.
Em 1993 fui aprovado no Concurso para Título de Especialista em Pediatria, da Sociedade Brasileira de Pediatria, tornando-me Especialista em Pediatria.
Em 1990 comecei o Curso de Especialização em Homeopatia da Sociedade de Homeopatia do Estado do Rio de Janeiro (SOHERJ), mas, após 1 ano, resolvi mudar para o curso do Instituto Hahnemanniano do Brasil (IHB), a mais tradicional escola de Homeopatia do país, fundada há mais de 100 anos, onde concluí em 1993.
Em 1994 participei do Curso de Fitoterapia promovido pela AFHERJ (Associação de Farmacêuticos Homeopatas do Estado do Rio de Janeiro).
Em 1997 fui a Kathmandu, no Nepal, onde trabalhei voluntariamente no Himalayan Healing Centre, fundação assistencial mantida pelo Lama Gangchen Rimpoche. Nessa oportunidade, entrei em contato com diversos ramos da Medicina Oriental, como Medicina Ayurvedica, Medicina Tibetana, Yogaterapia, … e fiquei fascinado pelos métodos usados e resultados obtidos em muitos, milhões mesmo, de pacientes. Fiz cursos lá e, desde então, estou destrinchando os detalhes nos livros que trouxe de lá, tiro as dúvidas (que não são poucas) com os meus professores de lá (Dr. Rajesh e Dr. Koirala). Contudo, o que mais ficou desta experiência foi a forma de atender o paciente, como um ser humano integral, que sente dor, que sente emoções, que tem doenças orgânicas mas continua sendo uma pessoa que sofre.
Em 1998 comecei a Pós-Graduação em Acupuntura e Eletroacupuntura na ABACO (Academia Brasileira de Arte e Ciência Oriental), no Rio de Janeiro, tendo concluído em agosto de 2000.
Em 2000, participei de um curso de introdução à Antroposofia, promovido pelo GAIA – RJ (Grupo de Iniciativas Antroposóficas do Rio de Janeiro). Voltei em 2006 para fazer o curso de Fundamentação em Antroposofia.
A partir de 2000 comecei a participar do workshop do GEHSH (Grupo de Estudos Homeopáticos Samuel Hahnemann), no Rio de Janeiro, sob a coordenação do “Tio” Aldo Farias Dias, um Mestre no sentido mais amplo da palavra! E participei do workshop até dezembro de 2005. No final de 2010 retornei para o GEHSH, onde continuo sempre me atualizando nas novas tendências da Homeopatia.
Realizei o curso de Formação em Terapia Biográfica, promovido pela Escola Livre de Formação Biográfica de Minas Gerais. Com este curso, retorno às origens de minha carreira, quando meu interesse principal era a Psicanálise.
Fiz o Curso de Medicina Antroposófica em Campinas, promovido pela ABMA (Associação Brasileira de Medicina Antroposófica) em 2009 e 2010. De 2010 a 2012 fiz o Treinamento em Goetheanismo (Fenomenologia baseada nos estudos científicos de Goethe) na Associação Sagres, em Florianópolis, tendo como professora a holandesa Clara Passchier, que lecionou por muitos anos no Emerson College.
Meu trabalho é realizado basicamente em consultório médico, com Homeopatia e Acupuntura. No fundo, sou um Clínico Geral à moda antiga, que atende pacientes com as mais diferentes queixas, como alergias, doenças reumáticas, depressão, problemas emocionais, nenéns com cólica, refluxo, etc. Isto torna minha prática sempre dinâmica, porque eu nunca sei que tipo de queixa me aguarda quando eu chamar o próximo paciente, a única certeza é que eu vou atender uma PESSOA que sofre e quer solução para seus sofrimentos.
Atualmente também organizo e coordeno grupos de terapia e workshops de auto-desenvolvimento, baseados no trabalho biográfico, sozinho e com parcerias com Nina Veiga, Bettina Happ Dietrich e com Rosângela Cunha, com quem fundei o DAO Terapias.
Leciono temas de Biografia Humana nos cursos de Fundamentação em Antroposofia e de Medicina Antroposófica do GEPAK (Grupo de Estudos e Práticas Antroposóficas) em Petrópolis e Juiz de Fora.
Uma atividade paralela que venho alimentando é a escrita. Comecei escrevendo para alguns blogs que criei, como o Saúde Alternativa e Tecendo o Fio da Vida. Há 3 anos fui convidado e passei a escrever para a Revista Personare, o que me fez entrar em contato com gente do Brasil todo.

Consultórios:

Av. Alberto Braune, 99 – cobertura 5 – Centro – Nova Friburgo (RJ) – Tel: (22) 3066-1564 

Av. Governador Roberto Silveira, 557- Costa Azul – Rio das Ostras (RJ) – Tel: (22) 2760-6935